Disponibilizo abaixo as apresentações dos dois dias da oficina de “Análise de dados NIR em ambiente R”, ministrado por mim de maneira particular nos dias 30 de junho e 2 de julho de 2021.
Mas o que seria o NIR ??? 🤷🤔
NIR faz referência à espectroscopia do infravermelho próximo, que vem do inglês Near InfraRed spectroscopy. É uma técnica que faz uso de ondas eletromagnéticas próximas à faixa do visível para caracterizar amostras a partir da interação dessas ondas com os constituintes da amostra em análise (Pasquini 2003).
A técnica tem sido utilizada com sucesso em estudos de delimitação de espécies de plantas e bichos amazônicos (Durgante et al. 2013; Lang et al. 2015; Lang, Almeida, e Costa 2017; Prata et al. 2018; Damasco et al. 2019; Paiva, Perdiz, e Almeida 2021; Torralvo, Magnusson, e Durgante 2021), e também para estimar traços funcionais de plantas em larga escala (Costa et al. 2017).
Em termos práticos, a obtenção deste tipo de informação consiste em pegar pedaços de folhas ou de bichos (guardados em coleções biológicas como as presentes no INPA), emitir ondas do infravermelho próximo sobre a amostra, e obter o resultado da leitura da amostra na forma de uma planilha em que se tem para cada onda dentro de uma determinada faixa espectral um valor associado de quanto aquele pedaço de amostra absorveu ou refletiu a onda eletromagnética (Fig. @ref(fig:esquema)). Após a obtenção dessas leituras em grande quantidade de múltiplos indivíduos de múltiplas espécies, são feitas análises estatísticas multivariadas para poder entender quantas espécies existem, por exemplo, em um determinado grupo de plantas. De forma a facilitar o entendimento de como funciona este método, e como ele é utilizado para delimitar espécies, recomendo que assistam o vídeo da apresentação “O uso da espectroscopia NIRs no reconhecimento de espécies da flora amazônica”, ministrada pela Dra. Flávia Durgante durante o I Simpósio de Biodiversidade, Conservação e Uso Sustentável de Plantas, Algas e Fungos Amazônicos (SIMBOT AM). Como costumam dizer por aí, é uma apresentação #TopDasGaláxias 😎😎😎!
(ref:esquema) Esquema básico sobre obtenção de dados NIR e resultado prático da leitura. A. Nesta imagem na parte de baixo, observamos um equipamento em que obtemos dados NIR, modelo Antaris II da Thermo Fisher Scientific, encontrado no herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Colocamos pedaços de folhas ou bichos sobre uma região circular do aparelho (forma similar ao círculo vermelho da imagem; tamanho não correspondente ao real), que é de onde são emitidas as ondas eletromagnéticas; em seguida, é posto um corpo negro para evitar a dissipação de ondas (na imagem, percebe-se um pedaço de madeira sobre essa região, geralmente utilizado para reforçar a pressão do corpo negro sobre a amostra) para, enfim, ser realizada a emissão das ondas eletromagnéticas e posterior obtenção de uma leitura espectral. Em plantas, isso é geralmente feito nas duas faces das folhas. B. Gráfico com números de onda no eixo X, e absorbância das ondas NIR no eixo Y, para amostras referentes a duas espécies hipotéticas; nesta imagem, é possível verificar certas diferenças no padrão espectral entre essas duas espécies. Por meio de análises estatísticas multivariadas, podemos utilizar essas informações para delimitar espécies. Foto e imagens: R. O. Perdiz.
Ao fim desta postagem, vocês podem encontrar as referências para cada um desses artigos citados anteriormente. Caso tenham dificuldade em acessarem esses artigos, entrem em contato comigo!
- DIA 1
- DIA 2
Caso você tenha interesse no código fonte dessas apresentações, feitas por meio do pacote R xaringan, acesse-os no endereço abaixo:
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https://github.com/ricoperdiz/oficina-dados-nir
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Até a próxima, pessoal! 💐🌴😎

